segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Madonna em Portugal


A rainha da pop faz a sua entrada em palco sentada num trono e ao som de «Candy Shop», tema que dá nome ao seu mais recente álbum, editado em Abril deste ano. Os bailarinos acompanham-na na coreografia, que tem como adereço nada menos que um Rolls Royce descapotável e muito lustrado. O luxo, o beat e a dança apresentam-nos uma Madonna vestida de negro e transparências, e com os biceps esculpidos.
O alinhamento desta digressão Stick & Sweet, começava assim a ser cumprido a régua e esquadro. Seguiu-se «Beat Goes On», featuring o rapper Pharrel, que a acompanhou em vídeo gravado através das imagens que passavam nos ecrãs gigantes montados no palco, estilo videoclip.

«Vogue» foi a música que se ouviu a seguir, a primeira a ter uma resposta tipo forte-mas-não-muito por parte do público, que se esgueirava por tudo o que era ramo de árvore e bicos-de-pés para conseguir vê-la. Por exemplo, quem estivesse a pouco mais de meio do Parque da Bela Vista e levantasse a mão, não a veria maior do que o tamanho de um dedo polegar. Um físico saberia calcular a distância. Para trás dessa meta, a grande Madonna era mesmo mesmo pequenina. E vê-la, só pelos ecrãs gigantes. Neste espectáculo, que conseguiu a maior concentração de gente alguma vez vista em Lisboa para assistir a um concerto, ficam as dúvidas sobre o sentido de ficar a ver a rainha através de binóculos, aparelho que alguns precavidos trouxeram no bolso, como quem vai à ópera.

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